domingo, 20 de janeiro de 2013

A Web 2.0 e a BE 2.0

 Face à tarefa de comentar o texto, eis aqui o que se me oferece dizer...
            Ler este texto significa, antes de mais, tomar consciência de que a evolução tecnológica deu lugar a uma verdadeira revolução tecnológica da qual nós passámos verdadeiramente a ser a máquina porque deixámos de ser espetadores para interagir ativamente na rede. De um para todos (Web 1.0), passámos a ser todos para um (Web 2.0) e já se vislumbra a semântica (Web 3.0) e a inteligência artificial (Web 4.0). Assustador, diria eu, se pensarmos que, nos dias de hoje, os nossos alunos, os utilizadores por excelência das nossas bibliotecas escolares, mal conseguem ler e dissecar as ideias fundamentais de um texto.
          Num século em que tudo se encontra à distância de um clique, em que nos exigem uma participação ativa e crítica nesta sociedade da informação, pergunto-me como poderemos nós, educadores, ajudar os alunos a construir o seu próprio conhecimento?
           Esta nova forma de as pessoas se relacionarem com a Internet que define a Web 2.0 exige que os alunos sejam capazes de identificar, compreender, distinguir, explicar a informação por forma a serem capazes de a transformar em conhecimento, o que implica, aí sim, ter uma nova ATITUDE!
          Sei que estamos bem longe das horas passadas numa biblioteca municipal, copiando avidamente informações de uma enciclopédia amarelada dos anos… mas nesta nova era em que as informações nos chegam de todo o lado, a toda a hora, sem que nós as procuremos, pergunto-me se estamos a conseguir fazer dos nossos jovens cidadãos autónomos, conscientes e críticos neste mundo global?
           Quero acreditar que a Web 2.0 nos ensina a todos a gerir melhor a informação porquanto somos, de facto, parte interessada neste processo irreversível… Quero acreditar que somos, na verdade, capazes de provocar nos nossos alunos o desejo profundo de serem agentes do seu próprio conhecimento. Se, por exemplo, as redes sociais, o post em tempo real, o cruzamento de informações, a colaboração e a participação nos wikis, paradigma da Web 2.0, forem a ponte para este feito heroico estaremos no bom caminho…
           Das próximas webs, associadas ao desenvolvimento da semântica e de novas linguagens de programação, ainda nem sequer consigo compreender a verdadeira dimensão das mesmas, até porque, confesso, ainda não estou na era dos Ipads ou dos Iphones… portanto, facilmente se compreende a minha dificuldade em assimilar o conceito de “semântica” associada à web.
Perante isto, resta-nos a questão central: como fazer com que a pedra que cai no lago provoque tantas ondas que faça da biblioteca tradicional uma biblioteca 2.0 (David Lee King)? Em primeiro lugar, formação é a palavra-chave para quem está à frente de uma biblioteca escolar; em segundo, tempo para a partilha, o trabalho colaborativo, a implicação com o utilizador e o envolvimento com a comunidade.
            Sejamos realistas… este paradigma pede-nos uma mudança de horizonte, interação com os utilizadores, experimentação e até a criação de uma comunidade digital a uma velocidade voraz assim como voraz é o tempo de que dispomos nas escolas para interagir com o nosso colega do lado!
            Vamos acreditar que num futuro próximo sejamos imunes à falta de tempo que nos assola e que sejamos os motores desta biblioteca global, interativa e virtual!

Sem comentários:

Enviar um comentário