quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Plano de Ação


Plano de Ação
1.      Criar um blogue da biblioteca Vitorino Nemésio, a ser alimentado mais uma vez pelas três Marias:
·         definir políticas de publicação;
·         escolher ferramentas Web, como o  Diigo para recomendar sítios de estudo ou de consulta;
·         publicar pequenos filmes sobre obras estudadas pelos programas curriculares;
·         divulgar gravações de textos pessoais ou de autor, lidos expressivamente pelos alunos;

2.      Publicar regularmente, usando o Issuu, uma revista da biblioteca a partir de sessões de escrita criativa, em interação com os professores de línguas (materna e estrangeiras);

3.      Avaliar o impacto do uso destas novas ferramentas no uso e funcionalidade da biblioteca:
·         Número de visitantes e participantes nas atividades;
·         Qualidade e quantidade dos textos produzidos;
·         Preenchimento de um inquérito online através do Google Drive.

4.      Antecipar dificuldades e forma (s) de a (s) ultrapassar:
·         Gestão de tempo;
·         Domínio das ferramentas Web a utilizar;
·         Motivação do público-alvo.
A receita que antevemos para ultrapassar estas dificuldades é: uma pitada de carolice, paciência q.b. e muita boa vontade.

Reflexão Final


Não é tarde para saber mais – reflexão final

Nunca aprendemos de mais, esta é a primeira conclusão a tirar no final desta formação, quase rivalizando com o Sr. De La Palisse. Mesmo sabendo que ele não deve nunca sequer ter sonhado com a Web 2.0.
Eu, que continuo muito mais agarrada ao fascínio dos livros de papel, fico sempre perplexa com as possibilidades que estas novas ferramentas da Web nos oferecem. Ao mesmo tempo, questiono-me sobre a viabilidade da sua utilização na biblioteca escolar. Ou, mais acertadamente, sobre a minha capacidade para saber tirar partido delas.
Fazer um blogue não foi novidade para mim. Já tinha feito um para a biblioteca da Secundária Vitorino Nemésio (e outros experimentais), mas sempre fui ficando com a sensação frustrada de que a resposta do público-alvo fica aquém das espectativas. Mesmo quando leio blogues de outras pessoas, a sensação com que fico, com raríssimas exceções, é a de que aqueles “autores” se devem sentir sós. Muito pouca gente reage com comentários às postagens que vão sendo feitas. Mea culpa, eu sou uma delas, raramente me faço ouvir na rede.
Seja como for, já tenho “bisbilhotado” blogues de outras escolas e noto realmente a falta de interação. Eles estão a servir mais como jornal divulgador de atividades do que como veículos de comunicação interativa e colaborativa, que é o princípio fundamental da Web 2.0.
A verdade, no entanto, é que no que respeita à Web, é fácil sentirmo-nos obsoletos. Quantas coisas novas, com imensas possibilidades, nos foram mostradas nesta formação!
O tempo de formação não chegou para apreender tudo, mas diante dos meus olhos abriu-se todo um mundo que desconhecia e que agora vou querer explorar. Para já, percebi a imensa utilidade que estas novas ferramentas podem ter para mim, falta-me agora aprender a tirar partido delas para as pôr ao serviço dos utentes da biblioteca.
Até porque uma coisa é saber que existem, outra coisa é saber mexer-lhes e outra coisa ainda saber usá-las para benefício da escola. Já dizia o poeta que “essa coisa é que é linda” e é dela que agora me vou lançar na procura.
Quanto à formação, em si, eu teria preferido ter mais horas presenciais e menos de trabalho em casa. Praticar diante dos formadores e em grupo parece-me mais produtivo e útil. Ainda assim, mas dentro deste conceito, fazer o blogue, gravar e publicar o ficheiro áudio e, sobretudo, fazer o filme “O baile da biblioteca”, foram tarefas extremamente gratificantes, precisamente porque foram feitas em grupo, foi em grupo que ultrapassámos as dificuldades e podemos confirmar que realmente nenhum homem é uma ilha. Fiquei mesmo com vontade de fazer mais coisas, parecem-me ferramentas com muitas possibilidades, quer para a biblioteca propriamente dita, quer para as aulas.
Não cheguei a participar da sessão síncrona. Alertaram-me para perigos inerentes à instalação do Teamviewer e tive algum receio. Até porque, para instalar seja o que for no computador, sou uma completa analfabeta. As minhas desculpas por isso.
 As leituras, quer as obrigatórias quer as facultativas, com as ferramentas que são sugeridas em todas elas, pareceram-me muito úteis. Claro que não tive tempo para as explorar todas, ou mesmo para perceber na totalidade como tirar partido delas na biblioteca, mas saber que existem é agora o pretexto para começar a explorá-las e a percebê-las.
Sabemos que as mentalidades são o mais difícil de mudar. O uso de algumas destas ferramentas, por exemplo as redes sociais, pode implicar o travar de uma batalha dentro da escola. Por exemplo, com que cara proponho aos alunos que sejam amigos ou fãs da Biblioteca no Facebook (que é a rede social da moda) se na escola o acesso ao mesmo Facebook está bloqueado?
Além disso, não é de somenos importância o fator tempo. Todas estas atividades exigem muito tempo – pensá-las, concretizá-las, publicá-las, responder a eventuais interações, implicam horas de trabalho que nem sempre sabemos onde ir buscar.
Mas, chega de olhar enviesado. Se temos de encarar o futuro, há que encará-lo de frente. E o futuro da biblioteca escolar passa pela Web, sem dúvida!
Então, o que há a fazer é não perder este TGV (sim, porque o outro já se foi) da informação e aprender a virar estas inovações a favor do saber, do conhecimento e da leitura. Que, para voltar ao princípio, como a pescadinha de rabo na boca, ainda são a forma mais salutar de estar neste mundo.

Reflexão Final

           A ação de formação Bibliotecas Escolares 2.0 correspondeu à minha necessidade de atualização constante enquanto professora, procurando acompanhar o desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicação nesta era da informação, e colaboradora da equipa da Biblioteca Escolar Vitorino Nemésio, numa tentativa de pensar este espaço como um local privilegiado de partilha e interação à luz do novo conceito da Web 2.0. 
       Reafirmo que cabe à escola estar na “linha da frente” em termos científicos, pedagógicos e tecnológicos, se quiser formar bons profissionais. Tendo em conta esta perspetiva, a ação apresentou, sem dúvida, um projeto exequível, realista e adaptável às atuais exigências do público-alvo: professores de várias escolas, com diversas experiências na gestão/organização/dinamização das bibliotecas escolares. 
           Estaremos aptos para a utilização, partilha e produção de recursos educativos digitais em rede, tal como se previa no início desta ação como finalidade? Iniciámos uma aventura que nos permitiu conhecer e desenvolver competências neste domínio e, sobretudo, que nos motivou a tal ponto que sugerimos, na última sessão, a realização de uma outra ação de Bibliotecas Escolares 2.0 para desenvolver e aprofundar os conteúdos apresentados. Obviamente que tais aprendizagens serão uma mais-valia para o processo de ensino e aprendizagem e, sobretudo, para a transformação da Biblioteca numa Biblioteca 2.0, tal como sugere o título da ação. Como exemplo, refiro a utilização da internet, intranet, Plataforma Moodle, bem como a criação de blogues, os fóruns, as wikis, os podcast, as redes sociais e a utilização da cloud com um denominador comum, a dimensão colaborativa. 
          A participação nas sessões presenciais bem como nas tarefas que me foram propostas foi, do meu ponto de vista, muito profícua: aprendi, partilhei, discuti, refleti e, sobretudo, passei a valorizar as redes de aprendizagem cooperativa em contexto escolar. De referir que, às dificuldades encontradas, houve sempre uma resposta pronta dos professores formadores – quer presencialmente, quer através dos fóruns - que souberam selecionar a informação a apresentar, alimentando a curiosidade dos formandos, fornecendo-lhes informações adequadas e pertinentes, tendo em conta a sua heterogeneidade, e ainda mantendo um equilíbrio peculiar entre a teoria e a prática. 
           Por tudo isto, o trabalho realizado em parceria foi uma experiência positiva e enriquecedora a vários níveis: foram postos em prática os conhecimentos ministrados de acordo com as características individuais e da biblioteca para a qual trabalhamos, o que nos permitiu consolidar aprendizagens, partilhar experiências, estreitar laços… esta dimensão afetiva que se foi desenvolvendo e que caracterizou esta ação foi também determinante para o sucesso da mesma. 
          A este respeito, tenho de referir o prazer que foi trabalhar em conjunto com as minhas colegas Lurdes Castanheira e Teresa Pedro em todas as tarefas colaborativas. A título de exemplo, a construção do blogue que, sendo uma das atividades propostas de início, foi por nós encarada como um desafio sério que se pudesse transformar no blogue oficial da biblioteca na qual trabalhamos, e, inquestionavelmente, a elaboração do vídeo “Baile da Biblioteca” que é, sem sombra de dúvidas, a imagem do que somos, do que gostamos de fazer e da nossa biblioteca. 
         A aprendizagem processa-se cada vez mais em redes cooperativas baseadas no trabalho coletivo e na utilização de ferramentas de comunicação síncrona e assíncrona; a cultura de autoformação ganhou novos contornos… por isso, esta formação foi, para mim, essencial e considero primordial que TODOS os professores tenham acesso a formação nesta área para que TODOS possam rentabilizar os recursos digitais ao serviço da educação.
      Concluo, face ao exposto, reafirmando a esperança de, num futuro próximo, poder consolidar e aprofundar as minhas aprendizagens neste âmbito e apelando para que se proceda à realização de uma ação de Bibliotecas Escolares 2.0 II, a fim de podermos rentabilizar os conhecimentos adquiridos nesta ação de formação.

Reflexão final




A Biblioteca Escolar 2.0 (Formação presencial e on-line)
         Quando decidi frequentar esta ação nesta área específica da Biblioteca Escolar fi-lo com a consciência de que empreenderia um caminho que me obrigaria a um investimento considerável do ponto de vista pessoal e profissional, facto que me deixou algo apreensiva. As razões de tal facto prendem-se com as variadas experiências que tenho tido ao longo da minha vida profissional e pessoal com as tecnologias da informação e os sucessos e percalços que a ela têm estado associados. O meu meio século de existência permitiu-me acompanhar o evoluir dessa maravilha que são as tecnologias da informação e comunicação, desde os tempos dos quilómetros de fios nos andares refrigerados da Rádio Marconi, que tinha então o monopólio das transmissões civis, sediada próximo do Mercado da Ribeira. Tinha, então, 15 anos e, para a área em que estudava, deveria conhecer o então centro nevrálgico das telecomunicações nacionais.
Mal sabia eu que aquela visita de estudo tinha sido apenas o aperitivo para o novo caminho que a minha geração teria de percorrer ao longo da vida. Às vezes penso nisso e tomo consciência de que a minha inquietação começou muito cedo. Talvez demais.
Em 1981, na Faculdade de Letras, no meu 3º ano de curso e numa cadeira perfeitamente esperada, Sintaxe e Semântica do Português, Chomsky e as suas arqui-estruturas da linguagem, a lógica de predicados e muitos outros conceitos perseguiam, para nosso espanto, a nossa inconfundível Professora que preparava o Doutoramento na área da Linguística e Computação. Conversávamos sobre tal fenómeno e do seu objetivo em pôr um computador a “falar” ou, como nós ríamos, a dizer “Gugugaga”. A organização das estruturas de significação, os níveis de realização e a lógica dessas mesmas estruturas foram trabalhadas até à exaustão e todos nos sentimos participantes do projeto idealista daquela doutoranda magrinha, fumadora compulsiva e cujos vestígios do vício enfeitavam a secretária como um campo de “piriscas semeadas” na madeira. Afinal, tratava-se de encontrar uma gramática que pudesse contribuir para pôr um computador a falar!
No Técnico (IST), os colegas usavam uns cartões estranhos, perfurados, que nunca percebi muito bem para que efetivamente serviam. De facto, estávamos mesmo muito longe do mundo de hoje! A diversidade, a transversalidade do uso de tudo (software, hardware…) fazem parecer os nossos organigramas desenhados a régua com tanto esmero autênticos gatafunhos rupestres.
Não, agora só não aprende quem não quiser ou não puder! Há já vários anos que se vem investindo em formação (paupérrima no início) e em equipamentos (um computador por escola, quando calhava). Existiram o Instituto de Tecnologia Educativa e os seus especialistas, a Tele-Escola, o Projeto Minerva e… as coisas foram crescendo. Gradualmente, os projetores de slides, os projetores de opacos, os retroprojetores de transparências ou acetatos, os vídeos caseiros, que nos levaram horas de formação, foram sendo ultrapassados por meios que propiciam outro tipo de relação mais rápida, mais eficaz, mais abrangente.
Tudo correu e continua a decorrer a uma velocidade tão estonteante que o mundo que se vai abrindo, criando e impondo-se-nos todos os dias me obrigou ao desafio desta formação.
         Os conceitos associados ao novo modo de entender a Web, como por exemplo, a maior liberdade de escolha, a personalização dos meios e da interação que proporcionam, as novas oportunidades de perscrutação, a maior possibilidade de colaboração, partilha e envolvimento, a componente de entretenimento imediato que proporciona a par da inovação permanente foram aspetos que encontraram eco nos múltiplos documentos, aplicativos, tarefas, visualizações e experimentações que foi possível realizar ao longo destas sessões de trabalho.
         O conhecimento atual já se não pode guardar num edifício como outrora, ele é abundante, em evolução constante, está em múltiplos suportes e espaços de organização e disseminação tão diversos, exige processos rápidos de produção e distribuição, exige obviamente aprendizagem permanente.
         Tudo isto fez desenvolver interfaces ricas e fáceis de usar cujo sucesso do aplicativo depende do maior número de utilizadores; têm, por isso, de ter uma estrutura participativa de modo a incentivar os utilizadores a participar nas redes de informação, enriquecendo o sistema; por outro lado, dada a quantidade de informação acessível, é imperiosa uma maior facilidade de armazenamento de dados e criação de conteúdo. É este o mundo que se abre todos os dias, é o mundo da Web 2.0.
         Naturalmente que se colocam questões relacionadas com o software, mas estes ultrapassam-se, pois o modo como o conhecimento está organizado, os sítios e o software estão ligados sob a forma de mashups, e isso obvia qualquer dificuldade. Os aplicativos e os conteúdos ao estarem disponíveis quer online quer offline também facilitam o momento e a forma de exportação.
         Inerente ao conceito de Web 2.0 e por consequência BE 2.0 está a existência de grandes comunidades de interesses que, colaborativamente, mudaram a forma de aprender e, obviamente, de ensinar. Todos, e também alunos e professores, podem aceder em simultâneo aos mesmos conteúdos, bastando conhecer minimamente algo da semântica da Web.
         Em contexto educativo, são tão claras as vantagens destas ferramentas, conteúdos, atitudes que quase não vale a pena dizê-lo. Se já tinha amigos alunos no Facebook com os quais conversava, por vezes sobre a matéria, fazê-lo de modo organizado, estimulando o surgimento de pequenos grupos, faz mais sentido. Transportar esse trabalho para outro patamar mais ambicioso, criar situações de aprendizagem estimulantes, dentro e fora da sala de aula, exercitar as ferramentas aprendidas (foram tantas…) e pô-las ao dispor da aprendizagem (no mais amplo sentido do termo) dos nossos alunos, dos nossos colegas, da comunidade … é o que se pode esperar como corolário deste percurso.
         Alguns já fazem parte da nossa prática diária (uso do moodle, de redes sociais –facebook - blogues, slideshare, entre muitos outros), mas muito há para fazer.
         Tudo tem evoluído em catadupa, sem que nem todos tenhamos tempo, capacidade, condições para acompanhar esta grande revolução. Afinal, a idade vai pesando, a profissão vai convivendo com a desilusão e o agravamento das condições de trabalho de tal modo que para um não nativo digital como eu, as coisas são por vezes difíceis. Mas, como diz o cantor, “há sempre alguém que resiste” e nisso, afirmo sem pudor, sou doutorada. Aliás, a nossa geração é especialista em estar em aprendizagem permanente.
Mas, de facto, houve descobertas, aprendizagens muito importantes que ocorreram e dessas jamais me esquecerei. E as mais importantes foram as perspetivas que se alargaram e as janelas que se abriram para outros voos. Porque, recriando um dizer de Mia Couto:
                               “Burro velho às vezes aprende línguas”
                                                                                             Desditado Popular


                                    E eu aprendi a dizer muitas frases destas novas linguagens! 



                  
                                                                                                 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

A Maria José tem razão, ensinar a fazer referências bibliográficas é um dos aspetos da literacia que a biblioteca pode ensinar.
Então aí vai o link para a página da Universidade do Minho onde se resume a NP 405.
Muito útil.

Surpresas na Net: os mega agrupamentos


Estamos sempre a descobrir novidades.
Desta reportagem eu não ouvi falar. O António é modesto.
Infelizmente, esqueceram-se de ir à biblioteca, o melhor lugar da escola.



             

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

O amor não morreu!

Como é sexta feira,vem aí o fim de semana, podemos pensar noutras coisas além do trabalho.
Olhem que bonitinho!



         

"Ler devia ser proibido"

Título provocatório,não é?
A este não resisto e quero publicá-lo aqui.
Já conhecia, mas tinha-me desaparecido do horizonte. Mas é verdade - falamos de inteligência, de sentido crítico, de aquisição de conhecimentos, de cultura, de sensibilidade, de saber, sempre que falamos de leitura.
É uma atividade exigente, mas tão compensadora...



                 

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Está feito, está morto... mas ouve-se!

Neste post, leio-vos um excerto do livro Teoria Geral do Esquecimento, de José Eduardo Agualusa.
Um romance onde tudo é possível, menos o esquecimento! Não querem lê-lo?




quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Finalmente, o ficheiro audio!

A minha escolha é, talvez, inesperada mas fruto dos tempos conturbados que vivemos...O filme Operação Outono reaviva-nos a memória! Este livro também! A comprová-lo este pequeno excerto que vos deixo...

Baile da Biblioteca Marias 2.0


Depois de muita luta, aí está o filme das (3) Marias 2.0.
Deu muito trabalho, gastaram-se muitas horas, mas estamos orgulhosas, olá se estamos!.
Podem conferir:





terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Já passa um bocado da hora, mas, finalmente, parece que consegui. Aí está o ficheiro áudio. Escolhi falar de um livro, 333 de Pedro Sena-Lino, editado em 2009 pela Porto Editora. A voz é a minha, é o que se arranja. Se tiverem paciência para ouvir... Vale ainda mais lê-lo de fio a pavio.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Finalmente! Mais vale tarde do que nunca! Aqui está o meu "comentário".


                O texto sobre o qual nos foi pedido um comentário reflete, a meu ver, preocupações que são transversais a vários domínios da vida moderna e, como tal, não poderiam deixar de afetar indelevelmente a escola.

              Segundo sintetizam CUNHA, T. e FIGUEIREDO, M. (2012), no texto referenciado na bibliografia de suporte a esta tarefa, “ A evolução tecnológica acontece atualmente a um ritmo vertiginoso, o Homem acompanha esta evolução não como mero espetador mas como ator participante, o seu modo de pensar, de agir, de refletir vai seguindo esta evolução, criando um descompasso entre aqueles que acompanham a mudança e aqueles que já fazem parte dela naturalmente.” 
                Deste modo, dentro da escola, também se encontram os que acompanham a mudança e os que se acomodam por inação ou por receio, originando assim a existência de uma crise que já é visível no sistema de há algumas décadas: os professores têm um discurso e umas práticas que os alunos não entendem e estes têm apetências e gostam de coisas que os tornam indiferentes ao que os professores lhes pretendem transmitir. É o diálogo de surdos entre gerações que não conseguiram caminhar lado a lado, é o que a literatura refere como o fosso existente entre os nativos digitais (os que já nasceram na era da Web)  e os imigrantes digitais (os outros, do tempo da rádio, da TV,… nós que nascemos antes de 1990…).
                Que fazer, como fazer para que a escola não seja brevemente um sistema obsoleto, onde já nem para conviver os alunos quererão ir? Que papel caberá neste panorama àquilo que tem sido a conquista da Web 2.0 (ou futuramente da 3.0 ou 4.0) no quotidiano dos alunos e que pode ser pedagogicamente trabalhado, reaproveitado de modo a fazer dos seus utilizadores participantes ativos na construção do conhecimento?  É preocupação fundamental do texto sistematizar hipóteses, apontar caminhos, contrastar práticas antigas e mostrar as vantagens do que é novo.
                Conforme o texto em análise acrescenta, em vez de um repositório, a Web 2.0 é uma plataforma, que tem na base a participação dos seus utilizadores que lhe acrescentam um valor que cresce todos os dias e que fica integrado na estrutura da redes assim que outros utilizadores o descobrem e utilizam. É o que o autor chama cérebro global, metáfora interessante para um fenómeno que pode ter a sua origem não se sabe onde nem por quem é iniciado. Muito ao contrário do seu homónimo, o outro, o cérebro humano, máquina tão perfeita que só um “Deus”(?) poderia conceber.
                Ora a Biblioteca 2.0, irmã gémea da Web 2.0, não poderia deixar de colocar as mesmas questões tão fundamentais como as que se colocam com a existência da Web 2.0 no quotidiano da sociedade comum, acrescida da responsabilidade do papel que ocupa na vida da escola hoje.

Hoje, a BE é já o espaço de muitas das boas de aprendizagens que acontecem na escola. Mas o desafio é imenso. É de facto necessário um grande esforço, por vezes, de “desaprendizagem”, para  otimiza a BE  e tirar partido das características que a definem enquanto Biblioteca 2.0: ser centrada no utilizador, disponibilizar experiências multimédia, ser socialmente rica pelo tipo de experiências que proporciona e inovadora nas relações que estabelece com a comunidade. Alguns destes aspetos já não nos são estranhos, outros obrigarão a mudanças radicais de conceção das nossas práticas. E digo nossa, pois nelas incluo todos os atores da escola.

                Pela experiência que possuo, não na área da BE em que sou novata, mas noutras, são inúmeras as questões a equacionar e elas podem implicar vários domínios. Para além dos já equacionados no texto ao nível da infra-estrutura tecnológica e humana, da complexificação da gestão e competências do professor bibliotecário entre outros, creio que sem que haja uma real “sacudidela” nas mentalidades e atitudes dos profissionais de educação face aos avanços tecnológicos, sem que haja um reconhecimento assumido no domínio das políticas educativas sobre a alteração do paradigma do conhecimento, que já não acontece só dentro da sala de aula, sem o necessário reconhecimento por parte dos órgãos de gestão da escola da importância das alterações de funcionamento que a Biblioteca 2.0 obriga, sem que haja um conjunto de fatores externos à dinâmica da própria BE, o esforço terá de ser redobrado.

                Mas não impossível!

Aprender e recordar

Para pôr em prática a aprendizagem de hoje e porque estamos cada vez mais assim e é preciso levantar a cabeça. Grande Ary! (digo eu.)

domingo, 20 de janeiro de 2013

Amigo Aprendiz

Este fado, com poema de Fernando Pessoa, descobri-o quando quis homenagear a minha amiga Lurdes... acho-o tão bonito que decidi partilhá-lo aqui!
Espero que gostem...

A Web 2.0 e a BE 2.0

 Face à tarefa de comentar o texto, eis aqui o que se me oferece dizer...
            Ler este texto significa, antes de mais, tomar consciência de que a evolução tecnológica deu lugar a uma verdadeira revolução tecnológica da qual nós passámos verdadeiramente a ser a máquina porque deixámos de ser espetadores para interagir ativamente na rede. De um para todos (Web 1.0), passámos a ser todos para um (Web 2.0) e já se vislumbra a semântica (Web 3.0) e a inteligência artificial (Web 4.0). Assustador, diria eu, se pensarmos que, nos dias de hoje, os nossos alunos, os utilizadores por excelência das nossas bibliotecas escolares, mal conseguem ler e dissecar as ideias fundamentais de um texto.
          Num século em que tudo se encontra à distância de um clique, em que nos exigem uma participação ativa e crítica nesta sociedade da informação, pergunto-me como poderemos nós, educadores, ajudar os alunos a construir o seu próprio conhecimento?
           Esta nova forma de as pessoas se relacionarem com a Internet que define a Web 2.0 exige que os alunos sejam capazes de identificar, compreender, distinguir, explicar a informação por forma a serem capazes de a transformar em conhecimento, o que implica, aí sim, ter uma nova ATITUDE!
          Sei que estamos bem longe das horas passadas numa biblioteca municipal, copiando avidamente informações de uma enciclopédia amarelada dos anos… mas nesta nova era em que as informações nos chegam de todo o lado, a toda a hora, sem que nós as procuremos, pergunto-me se estamos a conseguir fazer dos nossos jovens cidadãos autónomos, conscientes e críticos neste mundo global?
           Quero acreditar que a Web 2.0 nos ensina a todos a gerir melhor a informação porquanto somos, de facto, parte interessada neste processo irreversível… Quero acreditar que somos, na verdade, capazes de provocar nos nossos alunos o desejo profundo de serem agentes do seu próprio conhecimento. Se, por exemplo, as redes sociais, o post em tempo real, o cruzamento de informações, a colaboração e a participação nos wikis, paradigma da Web 2.0, forem a ponte para este feito heroico estaremos no bom caminho…
           Das próximas webs, associadas ao desenvolvimento da semântica e de novas linguagens de programação, ainda nem sequer consigo compreender a verdadeira dimensão das mesmas, até porque, confesso, ainda não estou na era dos Ipads ou dos Iphones… portanto, facilmente se compreende a minha dificuldade em assimilar o conceito de “semântica” associada à web.
Perante isto, resta-nos a questão central: como fazer com que a pedra que cai no lago provoque tantas ondas que faça da biblioteca tradicional uma biblioteca 2.0 (David Lee King)? Em primeiro lugar, formação é a palavra-chave para quem está à frente de uma biblioteca escolar; em segundo, tempo para a partilha, o trabalho colaborativo, a implicação com o utilizador e o envolvimento com a comunidade.
            Sejamos realistas… este paradigma pede-nos uma mudança de horizonte, interação com os utilizadores, experimentação e até a criação de uma comunidade digital a uma velocidade voraz assim como voraz é o tempo de que dispomos nas escolas para interagir com o nosso colega do lado!
            Vamos acreditar que num futuro próximo sejamos imunes à falta de tempo que nos assola e que sejamos os motores desta biblioteca global, interativa e virtual!

Coisas boas da vida




Quem me conhece sabe que sou apaixonada pela música e pelas palavras deste brasileiro quase desconhecido entre nós, Oswaldo Montenegro.
Conheci o seu trabalho na década de 80 do século passado, quando me preparava para fazer um programa de rádio que se chamou "A gente não lê".
Apaixonei.me nessa altura e, parafraseando o Eça, "assim continuo pela vida fora".
Ora oiçam lá e digam de vossa justiça.

A Web 2.0 e a BE 2.0 - o meu comentário

Uma das tarefas desta semana era fazer o comentário deste texto. Ela aqui está:


O texto em apreciação começa por colocar a tónica no conceito de que a revolução tecnológica, na forma da Web 2.0, nos coloca a nós, utilizadores, no centro do furação. Já não temos de ser passivos utilizadores da informação veiculada, mas podemos e devemos ser cada vez mais ativos colaborantes, construtores dum saber que se vai alargando a cada intervenção. Destaco que, nesta nova forma de estar, a Web exige de nós não só a capacidade de intervenção criativa, mas também a de intervir criticamente, avaliando os conteúdos oferecidos, seguindo-os na sua evolução, ajudando a que o pensamento neles apresentado possa sempre crescer e enriquecer-se. Ou contrariando-o, assim promovendo o debate de ideias.
Tudo isto implica, como o texto frisa, “uma nova atitude e uma nova forma de as pessoas se relacionarem com a Internet: a rede deixa de ligar apenas máquinas, passa a unir pessoas, um processo com implicações sociais profundas”.
Este, a meu ver, é um dos aspetos mais aliciantes desta inovação, mas também um dos mais potencialmente perigosos. As redes sociais, forma generalizada deste intercâmbio, tanto podem vir em benefício da socialização à distância, fazendo com que o mundo seja uma aldeia sem fronteiras, como, todos o sabemos, podem trazer à tona as piores intenções e as mais malévolas realizações do génio humano. É aqui, parece-me, que se pode ver uma das tarefas dos professores e, em concreto, dos professores bibliotecários, atuando para que, no domínio efetivo das literacias comunicacionais, os nossos alunos, nosso público preferencial, fiquem mais preparados e alerta para descodificarem os sinais de potenciais perigos.
Entretanto, a Web já se está a preparar para um novo salto, e já se fala da Web 3.0 e mesmo 4.0. Confesso que o conceito de Web semântica ainda não está totalmente claro para mim. Imagino que pressupõe a Web como uma gigantesca base de indexação, permitindo buscas muito direcionadas, mas não estou de todo segura de que seja isso. A ver vamos, até porque a preocupação agora é aprender a tirar partido daquilo que temos à frente e isso é a Web 2.0, a web interativa. Mais, a aprender a fazer com que a Biblioteca, e por inerência os seus utilizadores, tire partido da Web 2.0.
Segundo Maness (2006) (http://www.webology.ir/2006/v3n2/a25.html) a Biblioteca 2.0 deve estar:
“Centrada no utilizador;
 Disponibilizar uma experiência multimédia;
Ser socialmente rica;
Ser inovadora ao serviço da comunidade”.
Este paradigma implica naturalmente disponibilidades de tempo e de mentalidades, mas pressupõe sobretudo uma constante atualização do professor bibliotecário e de toda a equipa da biblioteca, em relação às novidades que a cada minuto surgem na Web, e imensas capacidades de congregação de esforços, no sentido de ser capaz de mobilizar a comunidade escolar para esse esforço de atualização e de utilização.
Todos conhecemos as resistências à mudança, todos sabemos que muitas das nossas escolas veem o parque informático como uma miragem, e todos vemos que a maioria dos nossos alunos usa a Web como meio de entretenimento ou como forma de rapidamente “despachar” tarefas obrigatórias mais ou menos aborrecidas (o método “copia e cola” sendo o mais utilizado e mandando – se o sentido crítico às urtigas).
Hercúlea tarefa, diria eu, até porque, verdade seja dita, a primeira mentalidade que temos de formatar (leia-se, mudar) é a nossa.  
PELA MADRUGADA...
Outra das Marias chega pela madrugada... vem de mansinho, com cuidado! Quer sinceramente ajudar a construir um blogue para a biblioteca da sua escola!
Acredito que este blogue é uma viagem tal como a vida! Se para viajar, apenas basta existir, nós, as viajantes, as Marias, encarregar-nos-emos de EXISTIR aqui e espelhar nele o que vemos e sobretudo o que somos!
"A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos." (Fernando Pessoa)

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Cabeças no ar - O cheiro dos livros


Uma canção que fala de nós com carinho, não vos parece bem?
De vez em quando, aparecem umas pérolas destas. Apreciem.

Primeiro dia do blogue

Está cumprida uma parte da tarefa - criou-se o blogue.
Com permissão dos formadores, vai ser uma sonata a seis mãos (esperemos que não tenha muitas fífias...), já que somos uma boa parte da equipa da biblioteca escolar da Secundária António Damásio, e pensamos levar esta experiência para lá da formação. Esta parece ser uma boa ocasião para ver se a receita resulta.
Seremos três a alimentar o blogue. E agora, dado o pontapé de saída, vamos à aventura.